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Emocionar, aprender e interagir: três verbos conjugados no #GX22

As novidades anunciadas no início do XXII Encontro GeneXus, relacionadas a Windows 8, a aplicativos offline e na nuvem, bem como a nova versão GeneXus chamada Tilo que será lançada em 2013 foram seguidas de um emocionante encerramento em que Nicolás Jodal falou sobre oportunidades e a importância das ideias. Breogán Gonda, por sua vez, refletiu sobre a educação e as transformações da tecnologia e, por fim, nomeou Jodal CEO da companhia. 

GeneXus X Evolution 2, migrações de sucesso, geração de aplicativos para dispositivos móveis, desenvolvimento para Windows 8, GeneXus Tilo e a plataforma de GeneXus na Nuvem foram algumas das novidades apresentadas durante o XXII Encontro GeneXus, que aconteceu nos dias 1, 2 e 3 de outubro. A maior surpresa, no entanto, chegou ao fim do evento, quando o nosso presidente Breogán Gonda anunciou que a partir de agora se afastará das tarefas operacionais e que Nicolás Jodal será o novo CEO de GeneXus.



GeneXus Tilo, GeneXus para Windows 8, Apps offline e aplicativos na nuvem

Mais de 3.500 profissionais da área de tecnologia se reuniram para debater tendências, participar de oficinas, laboratórios e assistir a interessantes conferências ministradas por especialistas regionais da área tecnológica em um encontro com vários momentos emocionantes e inúmeras instâncias de intercâmbio de conhecimento e aprendizagem.

No primeiro dia do Encontro, Nicolás Jodal apresentou as principais novidades. Entre elas, anunciou que uma versão GeneXus para desenvolver aplicativos para Windows 8 já se encontra em fase de beta test. Trata-se de um protótipo da nova versão GeneXus, conhecida como Tilo, que, de acordo com os planos, será lançada em 2013. Durante essa apresentação, Jodal convidou o diretor de tecnologia da Microsoft para América Latina, Eduardo Mangarelli, a subir ao palco e mostrar ao vivo as principais características de Windows 8, utilizando aplicativos gerados com GeneXus. 

Jodal também falou sobre o que tem sido feito para aplicativos offline e o cenário que se abre com a plataforma GeneXus na nuvem: a ideia é que o desenvolvedor entre no site, selecione as opções desejadas e que com apenas um clique comece a distribuição. 

Caso tenha perdido alguma ou queira vê-las novamente, todas essas conferências estão disponíveis em   www.genexus.com/encontro.

Conferência de encerramento de Nicolás Jodal*

Jodal começou sua fala destacando que o nome dessa edição do Encontro GeneXus, “Growing Pass”, surgiu como um jogo de palavras com a ideia de “Boarding Pass” do voos. “Sentimos que este é o momento mais forte de GeneXus, em que a comunidade está mais forte e é o momento de pegar o Growing Pass”..

“Qual é o caminho para o crescimento? Para mim, sempre esteve muito claro que o crescimento sempre começa com uma coisa: fazer um GeneXus cada dia melhor. Mas se eu não tivesse esse GeneXus, se tivesse que começar do zero, qual seria o primeiro passo?”, se perguntou e lembrou uma história sobre Paul Getty, presidente da petroleira Getty Oil, a quem já perguntaram qual era o segredo do sucesso.
 
“Getty disse que era uma combinação de três coisas: a primeira, ‘sempre me levantei muito cedo, sempre era o primeiro a chegar ao escritório’; a segunda, ‘trabalhei muito, sempre era o último a deixar o escritório’. E a terceira? ‘Ah, a terceira é que encontrei petróleo’”, contou Jodal, entre risos do auditório.
 
“Pensem bem, é uma história interessante. Ele encontrou petróleo no momento em que o petróleo estava invadindo o mundo, eram descobertos cada vez mais usos. Ele surfou na onda. Há outras coisas que estão invadindo o mundo, essa história poderia se fazer hoje com outras coisas. Está muito claro pra mim que o que invade o mundo hoje são os algoritmos”, sentenciou. 
 
Especificamente, apontou, os algoritmos são os que estão tomando as decisões na área financeira. “60% das ações de Nova Yorque são executadas por robôs autônomos que estão tomando as decisões. Isso é o que há de mais sofisticado no mundo dos algoritmos”, disse Jodal.
 
“O outro elemento que está invadindo o mundo são os dados. Neste caso, tenho um exemplo do Uruguai. Em 2006, foi feito um programa chamado Plan Ceibal, que consiste em dar um computador para cada escola pública. Foi o primeiro país do mundo a fazê-lo. O interessante não é só isso, mas o fato de que mais ou menos na mesma época se executava outro plano de dar algo a cada um dos habitantes deste país: dar a cada uma das vacas deste país uma identificação. Somos três milhões de habitantes, dez milhões de vacas e todas tem um aparelho que as identifique. Isso é um sistema de traçabilidade e fomos o primeiro país do mundo a ter o gado do país rastreado. Isso permitiu que se tivesse uma grande quantidade de dados sobre o gado, que o estado sanitário da vaca uruguaia tivesse uma série de melhorias e que o preço da carne no Uruguai se tornasse um dos mais altos no mundo. É tão clara a evidência que muitos países do mundo estão tratando de chegar a esse status”, comentou.  
 
Em terceiro lugar, Jodal referiu-se ao conceito de “exaptação”. “Uma exaptação é algo que se desenvolveu para determinada coisa e resultou tremendamente útil para outra. Em tecnologia, isso é cada vez mais frequente”, explicou. Nesse sentido, para exemplificar, falou da tecnologia dos aparelhos iPhone, cujo último modelo, o iPhone 5, tem a bateria que dura mais, é mais leve, tem o processador mais potente, além de estar equipado com GPS, acelerômetro e uma potente câmera de vídeo. “Alguém disse: por que não usar esse hardware para fazer o que estão vendo agora?”, disse Jodal e mostrou um aparelho voador automático, com uma câmera incorporada, que passeou pela sala de conferências. “Este dispositivo é um exemplo de uma indústria que até 2007 não existia. Criaram uma indústria do nada, que é a indústria dos veículos automáticos que cumprem missões, chamadas drones e que surgiram do desenvolvimento dos celulares”, contou.
 
“Gostaria de voltar à história de Paul Getty, me encantaria dizer que encontrei um algoritmo ou uma grande quantidade de dados, ou que encontrei uma exaptação. No fundo, o que queremos é encontrar uma ideia. Em Artech, está muito claro que nosso Growins Pass é que temos que funcionar como uma incubadora de empresas, que as pessoas que tenham ideias possam gerar suas próprias companhias dentro da Artech. Acreditamos que esse é um dos caminhos. Em última instância, quem tem que fazer as ideias? O mundo mudou e os responsáveis por encontrar essas ideias somos todos nós. E a forma de encontrar essas ideias é com uma pergunta: por que não?”, concluiu.
 
Conferência de encerramento de Breogán Gonda

O presidente da Artech, por sua vez, falou sobre vários temas sobre os quais refletiu nos últimos meses. Começou pelo julgamento Apple-Samsung, catalogado como o “julgamento do século”, embora Gonda tenha feito a ressalva de “haverá outros bem maiores”.
 
Gonda disse que ao chegar à Justiça ordinária, esse julgamento formulou uma série de consequências. “A guerra não convém a ninguém, à comunidade informática e à comunidade GeneXus tampouco. Só uma empresa tem a opção de paz, a Apple”, explicou e afirmou que “as patentes devem proteger a propriedade e o investimento, para que se divulgue e que os demais possam usá-las e pagar por elas, mas não para criar monopólio”.
 
Em outra passagem de sua fala, referiu-se aos avanços tecnológicos que impactam a educação. “Um tema sobre o qual, nós, uruguaios, discutimos tanto e estamos todos em desacordo. Se tomarmos, contudo, as posições de todos os setores políticos e sindicais, acabamos vendo que conceitualmente não há conflito, porque todos defendem a mesma coisa, com diferenças de nível nos equilíbrios das coisas. Mas alguém propôs uma mudança? Ninguém”, continuou.
 
“Será que temos que continuar educando de forma enciclopédica, tentando dar ao educando todo o conhecimento? Algumas coisas da realidade nos faz crer que não. O conhecimento é tão importante? Não, importantes são os mecanismos para adquirir o conhecimento e incorporá-lo (...) Ensinar é apenas uma maneira a ajudar alguém a aprender”, destacou.
 
Sobre esse ponto, destacou alguns empreendimentos, como a KHAN Academy, que se dedicou a criar e postar na internet vídeos breves com lições de matemática e outras disciplinas, e em nosso país, o Plan Ceibal, que pretende “ajudar, de todas as maneiras possíveis, a que crianças e adolescentes aprendam, se possível por si mesmos”.
 
Gonda explicou que o presidente do Plan Ceibal, Miguel Brechner, entrou em contato com KHAN Academy e pediu autorização para traduzir vídeos e incluí-los no Plan Ceibal. “Ter ideias é bom, porém é preciso executá-las. Miguel conseguiu traduzir 1.300 dos cerca de 4.000 vídeos e também conseguiu que outras pessoas também o fizessem, interessou a Intel, a BID e isso está aí hoje”, comentou.
 
Ainda relacionado a esse tema, destacou a iniciativas de Universidades como Harvard ou Stanford e o MIT, que começaram a compartilhar seus cursos na internet, alguns gratuitos, outros pagos. Isso foi reproduzido por mais de 150 universidades, apontou. “Isso já é uma tendência irreversível, já passou do ponto de retorno. É importantíssimo e é bom estar atento”, destacou.
 
“A tecnologia é importante, mas a atitude é muito mais”, ressaltou o presidente da Artech. 
 
Por último, defendeu que “o mundo manda estímulos exteriores para que façamos coisas”. Um estímulo configura, segundo Gola, Microsoft 8, que entrou em cena novamente e gera muito trabalho aos desenvolvedores. O outro estímulo é GeneXus, que depois de três dias de encontro, permitiu que Gonda chegasse a algumas grandes conclusões: “O mundo está mudando rapidamente, há cada dia mais necessidades novas. Os negócios precisam se reinventar permanentemente. A oportunidade é agora”.
 
“Nossa comunidade sabe tudo isso e acredito que entendemos que a oportunidade é agora. O problema é o que estamos dispostos a fazer para aproveitar essa oportunidade agora”, disse e fez uma referência a sua experiência pessoal.
 
“Há 28 anos, fundamos com Nicolás, essa companhia e nos baseamos em meia dúzia de ideias muito boas, que hoje continuam sendo boas. E então trabalhamos, trabalhamos, trabalhamos. Dedicamos-nos ao aqui e ao agora em todos os momentos e, quando podíamos, pensávamos um pouco mais no futuro. E assim cunhamos várias outras ideias que não estão em GeneXus. Nesse momento, 28 anos depois, eu penso “o que quero fazer da minha vida?”, “quero entrar em uma zona de conforto, assumir que tudo está bem e continuar com isso?”, “quero dedicar grande parte da minha vida a assinar cheques?” Realmente não, não tenho essa vocação. Assim, o que fiz, fiz com gosto, cumprindo meu dever, mas penso que devo começar de novo. E para quem decide começar de novo, há apenas um momento para fazê-lo: “Agora!”, refletiu e realizou um importante anúncio: permanecerá como Presidente do Diretório (Chairman of the Board), sem funções operativas, e se dedicará especialmente à pesquisa, às estratégias e à capacitação, enquanto isso, Nicolás Jodal é o novo CEO da companhia.
 
“Acredito que os próximos anos serão os melhores da minha vida. Sempre disse que pretendo morrer jovem, o mais tarde possível. E reafirmo: tenho muitos anos para trabalhar e quero fazer com alegria todos os dias. Não vou me dedicar a nenhuma função operativa, me dedicarei à pesquisa, me dedicarei à estratégia, a tratar de ajudar vocês com suas ideias, estarei esperando por vocês. Há muito por fazer: façamos. Façamos por vocês, com vocês, juntos”, encerrou.
 
Para reviver essas e outras conferências do XXII Encontro GeneXus, visite: www.genexus.com/encontro.
 
*Fragmentos textuais extraídos de Montevideo COMM
 

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